Falta de abrigo para animais resgatados é tema de audiência
Por Christine Antonini
Na noite dessa quinta-feira (13), a Câmara Municipal de Montes Claros promoveu audiência pública com objetivo de buscar soluções para abrigar animais resgatados e vítimas de maus-tratos. O evento foi de iniciativa da vereadora Ceci Protetora (PRD) e contou com a participação de representantes da Polícia Militar de Meio Ambiente, Corpo de Bombeiros, Centro de Zoonoses e protetores da causa.
De acordo com a proponente do evento, nos últimos três anos, a Polícia Militar em Montes Claros recebeu 500 denúncias de maus-tratos aos animais. Sendo que somente este ano, a estatística está atingindo o mesmo número. A parlamentar ressalta que a grande dificuldade atual dos protetores independentes e das ONGs é abrigar esses animais resgatados, uma vez que o município não oferece este tipo de abrigo e assistência.
“Vivemos a dificuldade no cumprimento da Lei Sanção, especialmente no que diz a respeito ao destino dos animais vítimas de maus-tratos, após serem retirados das mãos dos seus agressores. Conforme a lei, esses animais não podem continuar no local onde foram agredidos, no entanto, como no município não há abrigo oficial, as ONGs, mesmo sem condições e amparo financeiro, acabam se tornando responsáveis”, enfatizou a vereadora.
Segundo o sargento da Polícia Militar de Meio Ambiente, William Juneo Ferreira Lopes, a corporação recebe inúmeras denúncias, não somente de violência contra cães e gatos, mas também envolvendo animais silvestres, gados e cavalos abandonados e galos que são colocados para brigas em jogos de aposta. “Em relação aos animais de grande porte e silvestres, a Prefeitura de Montes Claros oferece o curral municipal e o Centro de Triagem de Animais Silvestres.
O capitão do Corpo de Bombeiros, Souza Nunes, também concordou com o sargento. Ele afirma que após o resgate, os animais não têm destino certo e que algumas vezes, os militares dão abrigo no próprio batalhão.
Membro da ONG Eu Salvo, Ivana Nonato, informou que quando a instituição é acionada para resgatar, falta local para abrigar e acolher. “Quando conseguimos acolher, precisamos de ajuda veterinária, medicamentos e alimentação – tudo isso é captado com ajuda de doações e voluntários”, afirmou.
O coordenador do Centro de Controle e Zoonoses, Geraldo Assis, apontou que o grande gargalo em relação à proteção animal é a falta de abrigo próprio. Já a diretora de Vigilância da Secretaria de Saúde, Maria Clara Lelis, pontuou que a causa animal é situação de saúde pública. “Para algumas situações, como abrigo para animais silvestres, temos soluções, mas em outros casos, como cuidar e abrigar cães e gatos, ainda não temos. É preciso unir forças para que esse problema seja resolvido em nosso município”, ponderou.
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