Comissão de Agricultura cobra qualidade de serviço da Cemig
POR CHRISTINE ANTONINI
A Câmara de Montes Claros, através da Comissão de Agricultura, realizou na manhã desta quinta-feira (2), audiência pública para discutir sobre a prestação de serviço da Cemig na zona rural. Entre os questionamentos está a frequência da falta de energia elétrica, que perdura muitas vezes por dias e a burocracia para o atendimento dos pedidos de implantação de novos postes de luz.
De acordo com a presidente da Comissão de Agricultura, vereadora Graça da Casa do Motor (União Brasil), o debate buscou solucionar as queixas dos moradores da zona rural quanto ao serviço oferecido pela Cemig em Montes Claros, que possui cerca de 200 comunidades e 10 distritos , sendo responsável por atendimento de cerca de 20 mil pessoas.
“Os moradores ficam dias sem energia elétrica, o que gera prejuízo não só nas residências, mas também na lavoura, uma vez que o homem do campo necessita da luz para manter os manter a irrigação e geradores de funcionamento. Sem luz e sem água – pois os geradores levam água para abastecer as casas”, enfatizou a vereadora. A parlamentar ainda solicitou que seja oferecida aos moradores da zona rural de baixa renda isenção nas taxas e nos pedidos de ligação elétrica.
O gerente da Cemig, Gilmar Cardoso, apresentou dados sobre investimentos que a companhia tem feito por todo estado. Segundo o relatório, estão sendo construídas estruturas de alta-tensão em 11 cidades do Norte de Minas, incluindo Montes Claros.
“Nosso objetivo é atender nossos clientes em menor tempo possível para ajudar com o problema apresentado. Os investimentos são para levar energia de qualidade, porque não adianta ela (energia) não ter força para ligar um gerador, por exemplo. Nossos estudos apontam que em todo estado um consumidor ficou (durante todo ano) nove horas e meia sem energia elétrica”, explicou o gerente.
O representante do Sindicato Rural de Montes Claros, Bruno de Castro Rabello, pontuou os prejuízos que os produtores tiveram devido à falta de energia elétrica. “Somente na última sexta-feira (24), tivemos a perda de 800 litros de leite, pois ficamos 8h sem luz. O ideal seria ter uma linha de comunicação diferente para o homem do campo relatar seus problemas, pois nossas questões são diferentes de quando falta energia na cidade”, destacou Rabello.
Outro ponto abordado durante a audiência foi em relação a dificuldade que o homem do campo tem em solicitar a ligação dos padrões em suas propriedades. A presidente do Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural, Fernanda Letícia de Oliveira, pediu um novo estudo do perfil do produtor rural, pois, segundo ela, mudou. “Devido a pandemia muitas pessoas migraram para as comunidades rurais – hoje temos mais de 300 associações”, enfatizou.
O deputado estadual Arlen Santiago (Avante) esteve na audiência pública e relatou alguns problemas que enfrentou junto à Cemig. Ele contou que no Hospital Dilson Godinho diversas máquinas ficaram queimadas após picos na energia, um prejuízo de quase R$5 milhões. Santiago sugeriu que os vereadores se reunissem para mover uma ação conjunta contra a má prestação de serviço da companhia na zona rural.
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