Audiência discute prevenção e assistência às pessoas que vivem com o HIV/Aids
Por Stênio Aguiar
Discutir as dificuldades vivenciadas pelas pessoas soropositivas em Montes Claros em relação ao tratamento ofertado pelo município foi o tema da audiência pública ‘A necessidade de prevenção, assistência e proteção dos direitos das pessoas que vivem com o HIV/Aids e outras infecções sexualmente transmissíveis em Montes Claros’, realizada na manhã desta quarta-feira (20), na Câmara Municipal.
A vereadora Iara Pimentel (PT), em seu pronunciamento destacou que é preciso garantir a efetivação dos direitos das pessoas que vivem com HIV/Aids, que são garantidos por lei, mas que não chegar até a eles. “A nossa proposta neste Dezembro Vermelho é para que ninguém se esqueça que tem pessoas neste país e em Montes Claros que vivem com HIV/ Aids e outras doenças transmissíveis. E ainda que estas pessoas são cidadãs e que tem direitos, que precisam ser garantidos”, comentou a parlamentar.
O presidente da Associação Arco-Íris do Amor, Lucas Pereira, chamou a atenção para a carência da disciplina educação sexual no contexto da educação básica, o que poderia contribuir para frear o aumento do número de casos da doença no município, principalmente entre os jovens. Ele chamou a atenção ainda para a mudança do local de funcionamento da farmácia que entrega os medicamentos do Centro de Ambulatorial de Especialidades Tancredo Neves (Caetan) para o Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA). “Essa mudança acarretou várias situações constrangedoras e no CTA não tem sigilo, lá as pessoas são expostas. Em virtude disso, algumas pessoas estão desistindo do tratamento e entram em depressão. Isso me preocupa”, relatou.
A coordenadora adjunta estadual da Aliança Nacional LGBTI em Minas Gerais, Letícia Imperatriz falou sobre a necessidade de um diagnóstico da doença em Montes Claros (quantos casos? Quem são estas pessoas? Como está sendo realizado esse tratamento? Essas pessoas têm informação sobre a doença?).
A coordenadora do Ambulatório de Gênero, Sexualidade e Saúde Mental da Unimontes, Ana Carolina Ribeiro Lopes e Ruas destacou que a epidemia de HIV tem mudado o perfil epidemiológico o que revela as deficiências do sistema de saúde para atender o novo perfil das pessoas acometidas por HIV/ Aids. Ela chamou a atenção ainda para que as políticas públicas precisam ser direcionadas às questões individuais e de gênero, bem como para o tratamento direcionado a esta população. “O vírus acarreta também no adoecimento mental, em que o diagnostico por si só gera um impacto importante sobre a depressão e ansiedade. Nesse sentido, a atenção primária é um meio importante para o tratamento e a condução de casos de HIV/ Aids de modo integrado ao serviço de saúde mental”, pondera.
O coordenador do Núcleo pela Diversidade Sexual e de Gênero da Unimontes, Marcelo Brito disse que é preciso vencer uma série de estigmas e preconceitos em relação às pessoas que vivem com HIV/ Aids. Disse ainda, que é necessário romper o silêncio e o preconceito para que o tratamento seja realizado de modo a controlar a carga viral para que as pessoas com a doença tenha melhor qualidade de vida.
Em um vídeo, a vereadora Ceci Protetora, falou sobre a necessidade de infraestrutura adequada e privacidade nos serviços de saúde, bem como o desenvolvimento de programas educativos contínuos para garantir a prevenção, a testagem e tratamentos adequados. “É necessário um comprometimento imediato, ações concretas e um planejamento eficaz que atenda desta população tão marginalizada”, destacou.
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