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Audiência discute a não descriminalização do aborto

por Cristine Antonini publicado 04/10/2023 12h32, última modificação 07/10/2024 19h45
Audiência discute a não descriminalização do aborto

A audiência foi proposta pelo vereador Odair Ferreira

A Câmara de Montes Claros, através do vereador Odair Ferreira (SD), promoveu na manhã desta quarta-feira (4), audiência pública para discutir a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 442, que prevê descriminalização do aborto no Brasil. O evento contou com a presença de lideranças religiosas, advogados e médicos que pontuaram a importância de barrar essa ação em prol da vida desde a concepção do feto.

A ADPF 442 está sendo discutida no Supremo Tribunal Federal com intuito de descriminalizar o aborto até a 12ª semana de gestação. Atualmente, no país, o aborto é permitido em caso de gravidez de risco à vida da gestante, gestação resultante de violência sexual ou se o bebê apresentar anencefalia fetal.

O proponente da audiência, vereador Odair Ferreira, destacou que é biologicamente comprovado que desde a fecundação há vida no ventre. O parlamentar ainda ressaltou que a preocupação não somente com a criança que está sendo gerada, mas também com a mulher que corre sérios riscos ao fazer o aborto de forma clandestina.

Acredito que o homem também tem grande responsabilidade nessa questão, uma vez que muitos abortos são feitos pela influência do homem ao negligenciar essa mulher e o bebê que está por vir, onde muitos incentivam, inclusive, pagam para a parceira a praticar esse ato tão perigoso e desumano. A mulher é parte ativa, mas o homem participa dessas decisões”, concluiu o vereador.

O pastor José Anacleto, da Igreja Canaã, pontuou que a vida começa desde a fecundação e que a igreja cristã desde os primórdios defende a vida. Representando a comunidade cristã, Admilson Nogueira, enfatizou que todos são as vozes daqueles que não nasceram e que a ADPF 442 nem deveria estar em discussão, pois, a garantia da vida está na constituição.

A médica Ariane Maria explicou como funciona o aborto provocado. Segundo ela, o feto é retirado de maneira brusca e muitas vezes aos pedaços.

“A mulher também sai prejudicada nesse processo, além dos danos psicológicos, há uma laceração do colo do útero, podendo deixá-la infértil e nos piores casos vêm a óbito”, ponderou.

Segundo o arcebispo Dom José Carlos de Souza, é preciso criar políticas públicas voltadas para a mulher. Especialmente para aquelas que querem gerar a criança, mas têm o desejo de colocá-las para adoção.

“Essas mulheres necessitam de amparo psicológico, sigilo e anonimato”, disse o arcebispo que ainda completou dizendo que a legalização do aborto não é avanço do país.

 

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