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Artistas defendem Corredor Cultural e Casa de Augusta

por Athur Jr publicado 13/12/2022 11h59, última modificação 07/10/2024 19h45

Por Arthur Amorim Jr.

A manutenção do corredor cultural e sua caracterização urbana de Centro Histórico e Cultural enquanto berço da cidade de Montes Claros, foi o tema da audiência pública realizada nesta segunda-feira (12), proposta pela Comissão de Cultura e Turismo.

A vereadora Iara Pimentel, que faz parte da Comissão de Cultura, destacou a atuação dos artistas do município e os prejuízos que tiveram durante o período de pandemia no município, com os bares fechados. O movimento, segundo informou, surge pela boa vontade de muitos apoiadores com o intuito de fomentar a arte e a cultura, já que o corredor foi criado para a sua divulgação. Lembrou ainda, que o requerimento foi construído em conjunto com os agentes de cultura do município. .

A presidente da Comissão de Cultura, vereadora Ceci Protetora (PP), assinalou que a restauração do corredor cultural foi muito significativo, pois é palco aberto para realização de atividades culturais, considerado o principal ponto para os agentes e apoiadores da cultura. “A Casa de Augusta que está ameaçada, assim como o Corredor Cultural são importantes divulgadores da cultura, apesar do pouco interesse do poder publico e da falta de apoio. O corredor e a Casa de Augusta são espaços fundamentais para o fomento turístico e cultural durante todo ano.”

O vereador Daniel Dias (PC do B) enfatizou a necessidade de um debate anual sobre a cultura. “O Corredor Cultura e a Casa de Augusta foram criados para oxigenar aquela parte da cidade. O que acontece naquele local são as manifestações culturais da nossa cidade. É importante a união entre o poder publico e toda sociedade. Precisamos combater o denuncismo de forma mentirosa, caluniosas e moralista. O espaço público é de todos e não de uma pessoa. Acredito que esta audiência ajudará a dirimir os conflitos. Mais importante ainda, as pessoas passam, mas a cultura continua.”

Em carta enviada pelo grupo denominado moradores da vizinhança da baixada, assinada por Altino Teixeira de Carvalho, relatou que vem sofrendo ataques levianos e preconceituosos, citando-os como extremistas. Relatou algumas atividades realizadas no local, com aglomerações, som alto e sem segurança e nem a liberação da MCTrans. A carta finaliza pedindo ao Ministério Público que seja implantado o TAC – Termo de Ajustamento de Conduta em todo município.

O secretário de Cultura, João Carlos Rodrigues Oliveira, afirmou que é favorável ao movimento S.O.S. Casa de Augusta. Relatou que em 2006 foi criado o projeto de revitalização do corredor cultural e que ele deveria ser ampliado para outros espaços. “A Casa Augusta está inserida em diversos projetos culturais da cidade. Somos solidário a este movimento e o nosso objetivo é transformar aquele espaço na cultura. Por isso, temos que trabalhar de forma regulamentada.”

Em resposta a carta enviada pelos moradores da vizinhança da baixada, Georgino Jorge de Souza Neto, professor universitário e curador do espaço memorial Georgino Júnior, considerou o texto como mentiroso e tendencioso. “A Casa de Augusta foi criada com o objetivo de movimentar a cultura do município. Me inserir neste projeto para manter viva a memória do meu pai Georgino Jorge de Souza. Neste tempo em que estamos ali, nunca recebemos notificações. Somos defensores da alegria e da cultura.”

Em sua participação de forma híbrida, a deputada estadual Leninha (PT) disse compartilhar da mesma preocupação dos agentes culturais, ressaltando a necessidade de sentar-se à mesa para ter um dialogo. “Vou acompanhar de perto para não ter a interrupção deste projeto. Precisamos criar um pacto de convivência e ampliar a cultura em nossa cidade. Sou frequentadora assídua do Corredor Cultural e estou à disposição neste diálogo.”

Sarah Marya Carolina Sanches de Avila, gerente da Casa de Augusta, apresentou as atividades realizadas no estabelecimento e afirmando que os moradores são amigos em sua maioria. Relatou que quando assumiram o ponto, a criminalidade era altíssima e que conseguiram reduzir. “Sugerimos um esforço integrado das secretarias de Meio Ambiente, Cultura e Turismo na implementação de projetos culturais. Pedimos que seja feita uma averiguação por parte do Ministério Público para conferir os serviços ali ofertados. Que o corredor cultural não seja apenas uma rua.”

José Francisco “Chorró, afirmou que já é hora de transformar aquele local em cultura. Ali é preservação, é arte, é cultura. Não tem como fazer diferente. Não vamos recuar e faremos o que sabemos fazer que é cultura.”

Lucas Lafetá, representando o secretário de Turismo, Edilson Torquarto, entende que o lugar é importante para o turismo e a cultura, “Temo que olhar o outro lado e mostrar que é importante a permanência do corredor cultural e chamar os moradores para uma discussão.”

O presidente da Associação de Catopês, Marujos e Caboclinhos, mestre Zanza Júnior, também defendeu o dialogo entre os agentes culturais e os moradores.

Soter Magno Carmo, secretário Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Montes Claros, acredita que a situação pode ser resolvida se houver boa vontade entre as partes. “O Espaço adequado para arte e cultura é o Corredor Cultural, por isso, nossa secretaria não quer fechar nenhum espaço público. Nosso interesse é da convivência com harmonia. Queremos ser parceiro de todos da arte e cultura. Entretanto, todo espaço tem que ter adequação e autorização.”

Anderson de Vasconcelos Chaves, secretária de Defesa Social, defendeu também o dialogo e o respeito a cultura e os que a realizam. “A cultura tem que ser valorizada e os artistas foram os mais penalizados com a pandemia. Mas antes de qualquer evento é preciso de toda uma documentação. A cidade está sendo revitalizada em todas as áreas e também na cultura.”

O professor e antropólogo João Batista de Almeida Costa, Joba Costa, afirmou que o título dado a Montes Claros como Cidade da Arte e Cultura é uma mentira. “Montes Claros é cidade com arte e cultura. Precisamos de investimentos. Cultura gera renda emprego e trabalho. A cidade como capital da região poderia fornecer os artistas no mercado regional, mas está morto. Nunca vi o movimento passar das 23 horas. Como pode três pessoas querer tirar a Casa de Augusta daquele local. A câmara deveria criar um Código de Honra direcionado a arte e cultura.!

Segundo Pedro Santos de Tomaso, artista/músico, falta respeito com a profissão. “Estamos aqui, em prol de um espaço. A Casa de Augusta é um espaço que me escuta e me enxerga.”

Isis de Souza Bernardes Barbosa, artista, cantora e historiadora, o local merece uma atenção maior. “Existe uma elite que age de forma desagregadora. O que o turista busca em Montes Claros? Diversão, shows, atividades culturais e os seus costumes. No entanto, não há consenso se a Cidade é da Arte e Cultura, ou Sepulcro. A MCTrans tem que tirar a placa da calçada da Casa de Augusta.”

De acordo com a professora de artes/música e ex-coordenadora do Grupo de Serestas da Unimontes, Fabíola Martins Monção, “falamos muito sobre arte e cultura, mas é importante que todas as formas sejam respeitadas da mesma maneira. Esses espaços que querem fechar são os poucos que mostram as manifestações culturais.”

O vereador Rodrigo Cadeirante (Rede) afirmou que é importante o combate as injustiças. O que está acontecendo é uma injustiça. A Casa de Augusta garante emprego, renda e divulgação da cultura. Estamos junto com a classe artística nesta luta.”

ENCAMINHAMENTOS

Finalizando a audiência pública, foram apresentados os encaminhados para que seja convocado o presidente da MCTrans, José Wilson Guimarães, o Brizolinha, perante a Comissão Permanente de Cultura e Turismo para prestar esclarecimentos acerca as ações empreendidas no Corredor Cultural antes da última reunião da Casa, neste ano. Fechamento permanente da travessa José de Alencar após as 18 horas, para a realização de eventos; tirar a placa da calçada da Casa de Augusta; a reestruturação elétrica dos edifícios da região para facilitar o acesso à energia na realização dos eventos. Que seja feita uma ata para que seja encaminhada para o Executivo, as secretarias de Cultura, Desenvolvimento Econômico e Turismo, Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável.

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